Palavras Não Ditas
Disseram-me que houveram palavras não ditas entre nós. É verdade?
Conhecemo-nos há quanto tempo? Desde o meu sempre, não é? Tu sempre exististe para mim e eu quase sempre existi para ti. Não nos conhecemos antes disso. Foste sempre meu amigo e eu tua amiga. É verdade que por vezes imeginei mais do que isso. Mas quem era eu para ir ter contigo? Durante algum tempo esperei por ti, que viesses ter comigo. Não vieste, mas nem me apercebi de ter ficado triste. Talvez porque, no fundo, não tivesse ficado. Afinal, o que é que eu com essa idade sabia de espera?
Continuámos a crescer, talvez me tenha tornado um pouco mais distante, em parte porque me tornei também mais tímida, há medida que ia tomando consciência do meu corpo. Quase inconscientemente, afastei-te de mim. Será porque tinha medo do que pudesses fazer comigo? Mas, ei, somos amigos.
Disseram-me que houveram palavras não ditas entre nós.
Disseram-me que esperavas e sentias o mesmo por mim. É verdade? Será que fomos assim tão parvos e tão cegos? Entendeste que eu não te queria da maneira que tu me querias, e afastaste-te. Porque tu és aquele que deixa a sua própria felicidade fugir para alcançar a felicidade de alguém que gostas. Como é que deixámos que tal acontecesse? O que é que se passou?
Disseram-me que houveram palavras não ditas entre nós.
A verdade é que nenhum de nós as disse. E o tempo passou. Talvez a nossa oportunidade também. Agora, somos adultos. Conduziste a tua vida pelo caminho certo. Quando soube, fiquei com um pouco de inveja dela. Mas nunca fomos nós. Estou feliz por ti. Triste pelo desentendiemento que nos pode ter custado mais do que aquilo de que nos apercebemos, mas feliz por ti.
Disseram-me que houveram palavras não ditas entre nós. É verdade? Pois agora estão ditas.
Adoro-te, meu amigo.
Conhecemo-nos há quanto tempo? Desde o meu sempre, não é? Tu sempre exististe para mim e eu quase sempre existi para ti. Não nos conhecemos antes disso. Foste sempre meu amigo e eu tua amiga. É verdade que por vezes imeginei mais do que isso. Mas quem era eu para ir ter contigo? Durante algum tempo esperei por ti, que viesses ter comigo. Não vieste, mas nem me apercebi de ter ficado triste. Talvez porque, no fundo, não tivesse ficado. Afinal, o que é que eu com essa idade sabia de espera?
Continuámos a crescer, talvez me tenha tornado um pouco mais distante, em parte porque me tornei também mais tímida, há medida que ia tomando consciência do meu corpo. Quase inconscientemente, afastei-te de mim. Será porque tinha medo do que pudesses fazer comigo? Mas, ei, somos amigos.
Disseram-me que houveram palavras não ditas entre nós.
Disseram-me que esperavas e sentias o mesmo por mim. É verdade? Será que fomos assim tão parvos e tão cegos? Entendeste que eu não te queria da maneira que tu me querias, e afastaste-te. Porque tu és aquele que deixa a sua própria felicidade fugir para alcançar a felicidade de alguém que gostas. Como é que deixámos que tal acontecesse? O que é que se passou?
Disseram-me que houveram palavras não ditas entre nós.
A verdade é que nenhum de nós as disse. E o tempo passou. Talvez a nossa oportunidade também. Agora, somos adultos. Conduziste a tua vida pelo caminho certo. Quando soube, fiquei com um pouco de inveja dela. Mas nunca fomos nós. Estou feliz por ti. Triste pelo desentendiemento que nos pode ter custado mais do que aquilo de que nos apercebemos, mas feliz por ti.
Disseram-me que houveram palavras não ditas entre nós. É verdade? Pois agora estão ditas.
Adoro-te, meu amigo.
Etiquetas: pensamentos
2 comments:
I came back :-)
grande declaração...
desculpa voltar a dizer-t isto, mas a minha teoria em relação á tua escrita mantém-se i comprova-se. espero um dia poder ser alvo dessas palavras, tão cheias de personalidade jurídica (seja lá o k isso for), mas não essas... outras, porque essas antes de as escreveres já pertenciam a alguem, vou ter de aguardar, mas fico... á espera, não sei pelo quê mas vou esperar...
ri-t catarina
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