quarta-feira, julho 23, 2008

Um Passeio Pelo Bussaco

Ontem, fui caminhar com uma malta: a minha prima Sónia, o Tiago, a Teresa e o irmão dela, o Ivo, a Sílvia e a Tânia. Essa caminhada consistiu em subir a minha mata do Bussaco até á Cruz Alta, a pé, e voltar para baixo. E o que vos mostro aqui é um pouco (apesar de serem muitas fotos) do que vimos no nosso percurso. Logo á partida, podem ver num vídeo amador, caseiro e casual, original e natural, o nosso percurso em linha vermelha no mapa do Bussaco.



E agora, vamos então ás fotos:

A Subida
Porta dos degraus ou das escadas. Foi por esta porta, nos muros da mata, que entrámos e saímos. Realmente escolhemos a porta mais desprezada e menos trabalhada, mas enfim, o que conta é que se sobem muitas escadas antes de lá chegarmos, e estamos cansados antes sequer de entrar na mata.

Começamos a subir, e encontramos a meio a estrada nacional 234-3, que passa por dentro da mata. Mas é só o tempo de a atravessarmos. Vamos na direcção do Lago do Vale dos Fetos e continuamos e subir até encontrarmos o lago e a Fonte Fria.

Lago da Fonte Fria...

...e a Fonte Fria, na perspectiva de baixo. Lá vai a minha malta a subir as escadas.

(In)Felizmente, a Fonte Fria na perspectiva de cima. Pois, subimos aquilo tudo.

No cimo da fonte, e depois de contornarmos mais umas escadas e umas curvas, damos com a Ermida da Nossa Senhora da Ansunção.

Depois de subirmos mais um bocado (e vai ser sempre assim até lá cima), estamos ás portas do Convento dos Carmelitas Descalços...

...onde aproveitámos para nos sentarmos um pouco. E daqui faço-vos o retrato, da esquerda para a direita: a Sílvia, a Tânia, o Ivo, a Teresa, Sónia e Tiago. Eu? Estou a tirar a foto. Lol

Nos jardins do Palace Hotel do Bussaco...




A piscina do nosso saudoso Rei...

Voltamos às imediações do Palace...

Fonte de Santa Teresa

(Nesta altura voltamos a passar pelo Palace para seguirmos na direcção oposta.) Vamos pela Avenida do Mosteiro...

...até encontrarmos a Fonte da Samaritana.

Depois de subirmos umas escadas de lado e encostadas á fonte, encontramos a Ermida de São José (todas estas ermidas eram umas casitas pequenas onde os Carmelitas, em busca de meditação se refugiavam, na solidão, e podia passar muito tempo sem que ninguém os visse. Ali, tinham e faziam tudo o que precisavam.)

No interior da Ermida de São José, o que resta do oratório onde o frade rezava (de todas as Ermidas, é das poucas onde ainda resta uma imagem).

Encostada à Ermida de São José, fica a Varanda de Pilatos. E junto destes dois monumentos, começam as capelas que representam os passos da Paixão de Cristo da Via Sacra (ás quais eu não me dei ao trabalho de fotografar porque seriam mais umas poucas de fotografias, para além das 141 que tirei).

Entre o 5º e o 6º passo, vamos lá, colado e por cima do 6º passo, pode-se ver a Gruta de São Pedro. Há várias lendas acerca deste lugar; diz-se, por exemplo, que aquando das Invasões Francesas, os frades fugiram por ali (porque dantes era um tunel) até chegarem ao Convento da Vacariça. Um deles ficou para trás, e tapou o tunel. Mas isso é só uma lenda.

Ora bem, e eis que chegamos ao último passo, que não se vê nesta foto, e ao Calvário (que é o que se vê).

Vista do Calvário para o largo, onde se pode ver, em primeiro plano, o último passo da segunda fase da Via Sacra.

Poço onde os ermitas tiravam água, e que muitas vezes aparecem nestes pequenos monumentos. Neste caso, é um poço que se situa na parte de trás do Calvário.

Ao subir umas escadas, ao lado do último passo da Via Sacra, encontarmos a Ermida do Sepulcro, constituída por duas construções. A ermida, propriamente dita, do monge, cuja entrada podem ver no canto inferior direito da foto, e uma construção que terá servido também de campanário, sem que hoje se vejam vestígios de tal.

Se entrarem na ermida, tal como em todas as outras, podem observar as minúsculas divisões. Nesta foto podem ver a entrada para o que seria a cozinha. E atravessando-a...

... têm vista priveligiada para o Palace e para a mata que o rodeia. Não percam, se por lá passarem.

Esta é a segunda construção da Ermida do Sepulcro. Subam as escadas...

... e podem ter a vista de cima da ermida, ou apreciarem simplesmente a vista, num banco...

...que rodeia a cruz (atenção esta ainda não é a Cruz Alta. Estamos quase lá, mas ainda não chegámos).

Perspectiva de cima das escadas que subimos para chegar á segunda construção. Sobe Tânia.

Finalmente, já falta pouco, estas são as últimas escadas que nos levam à Cruz Alta (que se pode ver atrás da vegetação).

E, então, eis que chegamos. Demorámos 2h30, mais ou menos, a subir (com muitas paragens e muitas fotos pelo meio). Esta é a famosa Cruz Alta, o ponto mais alto da serra do Buçaco.
Perto desta zona, encontram-se três distritos: Coimbra, Aveiro e Viseu (apenas mera curiosidade). Se puseres um pé num distrito, o outro no outro distrito e uma mão no terceiro distrito, podes dizer que estiveste em três lugares ao mesmo tempo. Mas não sei qual é exactamente esse lugar, por isso...

A paisagem vista lá de cima. Posso-vos dizer que a minha casa fica encostada ao lado esquerdo da árvore que sobressai. Daqui, é impossível dizer-vos com maior exactidão.

E, moizinha, no ponto mais alto da mata, com cara de cansaço e cheia de calor. O que aquele vento me soube bem.

A Descida
Escadas que dão acesso á Cruz Alta, agora na perspectiva de quem vai descer, como por exemplo, da Teresa.

Ora bem, antes de começarmos efectivamente a descer, tivemos de subir umas escadas que o Tiago adora.

Estas escadas levam-nos á Ermida de São João do Deserto, e devem ser subidas com as mãos no chão, tal a inclinação e a altura das escadas. Aquelas escadas ficaram então a ser conhecidas, entre a minha malta, por escadas de Santiago. Porquê? Porque o Tiago adora-as. Eu podia dizer escadas do Tiago, mas ali só há santos, então ficava Santo Tiago, mas soa melhor Santiago. E assim ficou, Escadas de Santiago. Vistas de baixo...

... e vistas de cima. Ufh!

Entrada da Ermida de São João do Deserto, ou popularmente e recentemente, conhecida como Casa das Bruxas, porque de volta e meia aperecem umas velinhas e uns tachinhos. Além disso podem ver que no canto superior direito da porta está uma pintura, um sol e uma lua. Algumas rochas em redor também têm outros motivos de pinturas.

O outro lado da ermida. Podiam-se ver novas pinturas mas não vou maçar-vos mais o espírito.

E lá vamos nós a descer as escadas do lado de cá da ermida. Não, estas não são as mesmas de há pouco, mas aqui é sempre no rijo. É impressionante, a Teresa fica em todas e depois diz que não gosta de fotografias.

Começamos oficialmente a descida, e depois de voltarmos à Ermida do Sepulcro, descemos pelo outro lado, onde até podemos passar por baixo de tuneis naturais.

Tempo ainda para visitarmos mais um monumento que se alcança depois de atravessarmos este trilho que nos faz lembrar a selva.

E estamos na Capela de Santo Antão. Apenas um desvio para depois voltarmos para trás e continuarmos a descida.

Haha! E estamos nas Portas de Coimbra. As mais famosas. E, por muito tempo, foi a entrada principal da mata. Entre as portas, na parede, estão inscritas duas bulas papais: a da direita, é a bula que proibe o abate de árvores; e, a da esquerda, a bula que proibia a entrada de mulheres. Por aqui se costumava entrar, mas agora só se passa por ela para perdermos mais um pouco as vistas, e para pegarmos no farnel.

Malta, hora do tacho. São 13h. Ah, ainda não vos tinha dito, mas por esta altura estavamos excitadissimos com a surpresa da Teresa e do Ivo. Durante toda a manhã, só se falou na surpresa. Mas já está na hora da surpresa.

Na Avenida do Mosteiro, a caminho do Palace e da surpresa.

Enquanto esperávamos pela surpresa, pormenor do Palace. Uma das muitas cenas de obras da literatura portuguesa, em azulejo, que podemos encontrar, tanto fora como (viria eu a descobrir) dentro, do Palace. Neste caso, representa o cena do Adamastor dos Lusíadas.

Pois, e esta foi a surpresa que o Ivo e a Teresa conseguiram para nós. Entrámos no Palácio. Oh, que fixe. A foto em cima mostra a entrada ou o hall em segundo plano, e em primeiro, podemos ver uma mobília indiana.

Na maior sala do Palace que tem o bar contíguo.

Numa das saletas de refeições...

... e o trabalhado e pintura do tecto da mesma, por Condeixa.

Numa das suites do hotel...

E, chegamos então à Suite Real do Palace Hotel do Bussaco. Ali sentaram-se e recostaram-se reis e rainhas. Ah ah! Esta é a saleta de entrada.

E eu deitei-me na cama do rei. Lol. Só vos digo, lindo. Cada trabalhado...

No andar dos quartos, num espaço de reunião, com mobília chinesa.

Um dos homens que gardam o palácio. Pois... Uma armadura que se usou durante as invasões francesas.

Um dos pormenores, logo á entrada, neste caso, á saída: cena da invasão francesa, travada no Bussaco a 27 de Setembro de 1810, tendo como principal protagonista, o Duque de Wellington. As seus pés, duas armas.

Obrigado ao Ivo, à Teresa e à Gena, que foi muito simpática e foi a nossa guia por uma hora. Adorei.

Continuando a descer, encontramos a Porta de Siloé. Não sei vos dizer porquê, mas é a minha porta preferida e nem dá passagem a nada, mas enfim, gosto.

Esta porta de Siloé acaba por ser duas portas pegadas, mas como já disse, não sei qual o objectivo.

A segunda porta de Siloé.

Continuamos a descer. Deixa-me ver se estão todos: 1, 2, 3, ..., 6, e comigo, 7. Estamos. Vamos a caminho novamente da Fonte Fria. Mas desta vez não vamos descer aquilo tudo, vamos directamente para o fundo das escadas. Lol

Depois de pararmos na Fonte Fria para ir ao WC, continuamos viagem. Ao longo de quase todo o percurso, fomos acompanhados, ou pela visão, ou pelo barulho da água a correr, em pequenos lagos, em pequenas riachos, regatas, cascatas e fontes. Neste caso, já no Vale dos Fetos. Este caminho já tinha sido percorrido à subida, mas sem fotos. Agora podem gozá-las.

É por causa desta espécie de fetos gigantes, que se dá a este vale o nome de Vale dos Fetos, que liga o lago da Fonte Fria ao Lago do Vale dos Fetos. Ah, e se tiverem a sorte que eu tive ontem, podem observar alguma fauna animal, como, no meu caso, esquilos.

Lago do Vale dos Fetos, com a sua maravilhosa ilhota. Adoro aquela ilha. Cada vez que vou ao Bussaco, tenho que lá ir.

Acesso à ilhota do lago. Vão lá.

O passeio já quase terminou, mas não podia deixar terminar sem mostrar aquele que, em tempos, foi o campo de ringue para uns, e o campo de futebol para outros, no grande passeio anual da Catequese. Bons tempos aqueles. E neles, não haviam estas ervas altas. Mas podem sempre ficar com uma ideia.

Fim da viagem. Espero que tenham gostado, da mesma maneira que eu gostei (àqueles que foram comigo) e que tenha atiçado a vontade aos que não foram.

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6 comments:

Anonymous Anónimo said...

os sitius são bonitos sim senhora... não posso dizer k n. Só tenho uma sugestão a fazer, para a proxima k poseres um filme, vê se falas, pk o teu amigo ja sabe como és, so n sabe como soa a tua voz.... llol (private joke)


ri-t catarina

2:49 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

As fotos aqui publicadas foram um motivo para visitar esta zona tão bonita de Portugal. Eu, tal como muitos outros portugueses, não conhecia este pulmão cheio de vida. Mas surpreendemente não faltam turistas a visitá-lo. Obrigada pelo relato deste magnifico passeio.

10:42 da manhã  
Blogger Catarina said...

Mais do que gostar de saber que trouxe mais alguém a visitar a minha terra, gostei de saber que esse alguém gostou. Por isso, obrigado a ti, por teres vindo.

1:06 da tarde  
Blogger Gambuzina said...

Grande post, sim senhora!!
Gostei! E se já tinha vontade de visitar, caminhar e explorar a (tua) mata do Bussaco, agora até fiquei com uma visita guiada!!
Bem haja!

8:28 da manhã  
Blogger Catarina said...

Se gostaste, neste mesmo blog há outro post, com mais fotografias e com alguma história sobre os pontos a visitar na Mata do Bussaco.
É sobre um outro passeio que fiz na mesma semana em que fiz este mas com pessoas diferentes.
http://katie-jockitas.blogspot.com/search?q=Um+Novo+Passeio+Pelo+Bussaco

E o meu Bussaco é de todos. Fui ao teu blog e já vi que gostas de caminhar. Então, vem até cá. Eu gosto de subir todas as escadas da Mata, normalmente os meus amigos não gostam, mas não têm outro remédio lol.
Obrigada pela visita.

1:19 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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1:14 da manhã  

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