sábado, novembro 01, 2008

Freedom Writers

Comecem por ouvir isto.

A dream, de Common. Pertence à banda sonora do filme de que hoje vos falo.

Esta tarde, encontrei um novo filme para ver no youtube. Seria o típico filme de uma professora que, para além de ensinar, ainda "salva" os seus alunos da violência das ruas, senão fosse mais do que isso. Lol. A verdade é que só me pus a vê-lo porque tinha a Hilary Swank, o gajo bom de Anatomia de Grey (que afinal pouco aparece) e tinha o Mario (... o cantor). Não pensei que fosse um filme de drama juvenil, mas comecei a ver, e acabou por me prender. Existem outros filmes do género, mas este é muito bom. Baseia-se na realidade de um grupo de alunos e da sua professora.



Sinopse: (Resumo alargado) O filme começa com uma cena dos motins, em 1992, em Los Angeles e apresenta-nos Eva (April Lee Hernández), uma rapariga latina cujo pai foi preso injustamente por, supostamente, ter retaliado um assassinato de um carro em andamento. Eva inicia-se num gangue, e apenas frequenta as aulas porque é obrigada pelo agente de liberdade condicional. O liceu de Long Beach e os seus arredores são o palco de guerras de gangues, onde ódio e racismo pululam. Entretanto, a ingénua e novata professora Erin Gruwell (Hilary Swank) arranja emprego naquela mesma escola. O seu primeiro dia de aulas acaba por ser chocante ao assistir a uma luta na sala de aula, e a outra de maior escala no pátio do liceu.
Uma noite, Eva e uma refigiada do Cambodja, Sindy (Jaclyn Ngan), encontram-se na mesma loja de conveniência. Outro estudante, Grant Rice (Armand Jones), depois de sair frustrado da loja por ter perdido um jogo depara-se com o namorado de Eva que dispara sobre este, mas acaba por atingir mortalmente o namorado de Sindy. Assistindo a tudo, Eva deve testemunhar em tribunal; ela pretende proteger os da sua raça no seu testemunho.
Na escola, Gruwell intercepta um desenho racista de um dos seus alunos, e usa-o para lhes ensinar sobre o Holocausto (acontecimento que, exceptuando um aluno, ninguém conhece). Gradualmente, vai adquirindo a confiança dos jovens e compra-lhes cadernos em branco, a cada um, para que escrevam ai as suas experiências de abuso, de morte e de exclusão. Determinada na mudança dos seus alunos, Gruwell arranja dois part-times para pagar livros novos e começa a passar mais tempo na escola, para desagrado do seu marido (Patrick Dempsey). Os estudantes começam a respeitar e a aprender mais, e a transformação é sobretudo visível em Marcus (Jason Finn). Convida vários sobreviventes do Holocausto para falarem sobre as suas experiências à turma, e leva-os numa viagem de estudo ao Museu da Tolerância. Entretanto, os seus métodos de ensino são criticados pelos seus colegas e pela responsável pelo seu departamento Margaret Campbell (Imelda Staunton). O ano seguinte chega, e Gruwmell permanece com a mesma turma.
Na aula, quando lêem o Diário de Anne Frank, decidem convidar Miep Gies. Já nos EUA, no liceu, Miep conta-lhes sobre a sua experiência de esconder Anne Frank. Quando Marcus lhe diz que ela é sua heroína, Miep nega-o, dizendo que estava simplesmente a fazer o que era certo. A sua nega leva Eva a repensar no que há-de dizer no tribunal. E quando finalmente chega o dia, acaba por contar a verdade. Entretanto, Gruwell dá aos seus estudantes um novo projecto, em que devem transformar os seus diários em livro. É assim que nasce The Freedom Writers Diary. O filme acaba com a mensagem de que Gruwell terá conseguido com que muitos dos seus alunos se tivessem graduado.

Como eu disse em cima, este filme baseia-se em factos muito reais. A professora, os alunos e o livro existem de facto.
O Diário dos Escritores da Liberdade: Como Uma Professora e 150 Adolescentes Usaram a Escrita Para Mudarem-se a Si Próprios e ao Mundo à Sua Volta é um livro de não ficção de 1999 escrito pelos Freedom Writers, um grupo de estudantes de Woodrow Wilson High School em Long Beach, Califórnia, e pela sua profussora Erin Gruwell. The Freedom Writers Diary surgiu no seguimento da tarefa proposta pela professora para escreverem sobre os seus passados, presentes e futuros. O método de ensino, de facto, teve origem num desenho racista que circulava na aula, e no facto de que, ao compará-lo àquele que deu origem ao Holocausto, se ter deparado com semblantes vazios.

A 24 de Março de 2008, uma professora de inglês em Indianapolis, Indiana, Connie Heerman, foi suspensa por ano e meio sem direito ao ordenado por usar o referido livro na sala de aula, contrariando a decisão do quadro superior da escola. Os professores objectaram contra o conteúdo racial e sexual.

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