sexta-feira, dezembro 15, 2006

Profundo como o Mar

"Bastou um instante para que, naquele átrio de hotel onde Beth ia rever os seus ex-colegas de liceu, Ben, o seu filho de três anos, largasse a mão do irmão mais velho e desaparecesse sem deixar rasto. A sua ausência viria a fecundar com sementes de disfuncionalidade um terreno familiar banal, votando todos os seus elementos a uma profunda agonia. Diante das trevas da perda, restou-lhe o questionamento da essência da humanidade e a amarga criação de uma nova matriz familiar composta por agentes marcados, envelhecidos, adultos. Mas bastou um dia, apenas um dia, nove anos depois do desaparecimento, para que Beth, e consequentemente toda a família, erguesse um novo edifício de afectos... Apenas a abordagem de um jovem que durante todos aqueles anos morara somente a alguns metros de distância..."

Mais um livro acabado de ler, prometido ao meu irmão. Se não o lêsse ele nunca mais me voltava a dar livros, o que seria muito mau para mim. Ele já disse que não me vai dar livros este Natal mas ainda temos muita vida pela frente e eu não me quero ver privada deles. Mas falando do livro... Achei se calhar um livro pesado (afinal de contas é um drama), que fala como dá para perceber do que uma mãe sente ao perder o filho, ainda por cima não sabendo nada dele, na incerteza de se ele está vivo ou morto, bem ou mal. Ainda assim, acho que é muito bom, muito profundo e muito real. Ninguém fica indiferente ao ler o livro. Mesmo assim acho que só lhe vou dar o devido valor e realmente respeitá-lo quando for mãe. Até lá gostei mas talvez não o tenha sentido.
Profundo como o mar de Jacquelyn Mitchard
Catarina

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